• Entenda qual perfil de site é mais recomendado para a sua marca

Sites institucionais não inventam organizações. Organizações são feitas de pessoas, processos, resultados. São parcerias engenhosas – e que tendem a ficar ainda mais complexas à medida que crescem. Às vezes tanto, que ouvi-las para comunica-las – etapa essencial da criação de um site institucional – exige o desenvolvimento de uma certa capacidade de tradução.

São horas de conversas e análises que tendem a acontecer 1) no idioma geral do mundo corporativo (principalmente nas grandes empresas), 2) no dialeto cultural específico de cada setor econômico e social, 3) e no sotaque conferido pelos valores distintos de cada organização. Quem é “nativo” nem sempre percebe que, para o mundo externo, sem a devida “tradução”, uma empresa ou organização pode se tornar incompreensível. E, pior, achando que está se comunicando muito bem.

Na criação ou reformulação de sites institucionais, essa dificuldade de falar a língua do mercado (considerar amplamente o público alvo e priorizar a experiência do usuário) costuma se traduzir em práticas das quais convém fugir!

Site-medalha

Alguns sites institucionais tornam-se repositórios de tudo o que ocorre de bom – num sentido muito amplo – dentro de uma organização ou empresa. Ter um espaço no site passa a ser sinal de reconhecimento para um setor, projeto ou ação. O uso mais inteligente da intranet e outros meios comunicação interna podem resolver isso e tirar essa pressão sobre o site institucional, cujo públicos mais estratégicos tendem a ser clientes, consumidores, investidores, imprensa, órgãos regulatórios.

Site-organograma 

Mais importante do que como uma organização está estruturada internamente para realizar seus objetivos é o que ela faz de fato. Entretanto alguns sites institucionais reproduzem, até na arquitetura, as estruturas gerenciais ou societárias.  Um organograma não define uma empresa. É apenas uma informação que, isoladamente, mata a curiosidade sobre aspectos da governança. Se um grupo tem um site em que o menu são nomes das empresas do grupo apenas, estamos diante de um menu que informa bem menos do que se pretende, mesmo parecendo ser direto.

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Site-resultado

 Sim, empresas precisam dar lucros, mas às vezes os resultado se tornam tão mais relevantes na distribuição de conteúdo de um site que a identidade da empresa se perde. Salvo a identidade visual, poderia ser o site de qualquer empresa. Sites específicos para investidores tendem a resolver isso e deixar para o site institucional a apresentação das atividades concretas e dos valores intangíveis e igualmente importantes. Serve o mesmo para empresas que priorizam de maneira desproporcional a necessidade de atrair bons profissionais e apresentarem-se como bons lugares para trabalhar. Mas trabalhar em que mesmo?  Às vezes fica difícil de saber.

Essas são apenas algumas armadilhas em que uma empresa ou organização pode cair quando não se permite “traduzir”. Por outro lado, faz uma enorme diferença quando essas informações, somadas aos dados imprescindíveis extraídos dos usuários, encontram traduções as melhores traduções.  Invariavelmente, isso resulta em sites simples.

Os especialistas em UX (experiência do usuário) sabem que simples não é medíocre. Nem fácil de fazer.  Sites institucionais simples são aqueles em que o usuário encontra com facilidade o que veio procurar – e isso pode ser o resultado de muitas horas laboriosas de especialistas em informação, design e tecnologia.

Viveríamos num mundo muito estranho se isso fosse óbvio para todas as empresas em qualquer setor. Petroleiras teriam que ser especialistas em mídias sociais, supermercados teriam que saber tudo sobre aplicativos de celular, fabricantes de tijolos seriam experts em arquitetura da informação. Não funciona assim. Para usar uma expressão que dispensa tradução, cada um no seu quadrado. E que cada um exista e produza com seu idioma, sua cultura, sua maneira de realizar não é um problema. O importante é permitir-se enxergar e compreender.